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Olá, sou Grace Furtado!

O nome é gringo, mas o sangue que corre por aqui é beeem brazuca, quase índio. Uma “Caboca do Manaus”, com muito orgulho! Minha semente vem do norte do Brasil, onde nasci e cresci numa família bem brasileira, daquelas humildes e batalhadoras.

De origem simples, mas de sonho grande, eu trabalhei desde cedo ajudando meu pai a manter a casa, me eduquei em escola pública enfrentando toda e qualquer dificuldade, me formei em Direito na faculdade para a alegria da minha mãe e ainda meti na sequência uma pós em Gestão de Marketing, porque, já deu pra perceber, que eu não vim nessa vida a passeio.

SAMPA

Depois de toda essa jornada acadêmica era hora de se jogar no mundão corporativo e ficou claro que o meu sonho era maior que o meu gigante e lindo Amazonas.

Aquela imensidão de lugar se tornou pequena pra mim, e eu queria mais, então tratei de fazer minha primeira grande mudança: resolvi descer no mapa e subir na vida. Lá fui eu pra Sampa fazer um curso prático de sobrevivência na “Selva de Pedra”.

Na Terra da Garoa, onde tudo acontece, onde o trabalho te enobrece, a competição te adoece e você engrandece. Um aprendizado daqueles.

Ano após ano comecei a crescer, cada vez mais, trabalhando na área de hospitalidade, conseguindo meu lugar em empresas multinacionais, ganhando experiência, esperteza, expertise e, principalmente, ganhando um couro ainda mais grosso do que eu já tinha.

São Paulo é pra todos, mas definitivamente não é pra qualquer um

E no meio dessa vida paulistana, no ritmo frenético e enlouquecedor, eu tive que parar. Parar para correr. Correr atrás de mais desafios, porque se tem uma coisa que me move nessa vida é um bom desafio.

DE MANAUS PARA O MUNDO

Quando eu já tinha passado um pouco dos 30 anos, resolvi me jogar em outra mudança! Só que dessa vez um pouquinho mais longe...

Subindo bastante no mapa, passando o Amazonas, a linha do Equador, atravessando o Atlântico, pulando “a Terrinha”, passando pela rainha, até chegar no pub mais próximo para tomar uma cerveja. Laaaaaá na Irlanda!

Sim, fui para terra dos Leprechauns, sem conhecer ninguém, sem ser devota de São Patrício e sem saber falar nada além de um “oi, como vai, até logo”. Porque aqui temos cara, mas também temos muita coragem.

A verdade é que além de querer um clima “mais ameno” que o de Manaus, o que eu queria e precisava mesmo era ter um inglês afiado. Era essa a peça que estava faltando no meu quebra-cabeça profissional e eu não tinha outra opção, senão correr atrás.

E foi isso que eu fiz. Em três anos eu consegui o inglês, uma experiência fantástica e, de quebra, um marido. Voltei casada, com muita bagagem de vida, e com mais essa conquista para a minha coleção.

Pequenas e grandes vitórias que eu tenho o maior orgulho de contar

Mas vamos combinar que uma vida só de vitória não é uma vida bem vivida. Nem é uma vida real! É preciso falhar para poder vencer, isso é fato.

Então, é claro, que eu também colecionei momentos difíceis. Momentos de dúvidas. De fraquezas. E de crise também. De me olhar no espelho e não me enxergar. De me ver num casamento desgastado, infeliz no emprego, cansada e sem aquele brilho no olho que sempre existiu.

Com vontade de desistir ou jogar tudo pro alto. Esses momentos existiram, e não foram poucos. Mas com o tempo veio também um outro momento. De me olhar novamente no espelho e de me beliscar, de lembrar quem eu sou, de onde eu vim, das mulheres fantásticas que me criaram para sacolejar o mundo e de encarar essa mulher de quase cinquenta anos no espelho e me perguntar: PORQUE NÃO???

Porque não virar a página? Porque não começar tudo de novo? Porque não jogar tudo pro alto???

RECOMEÇO

Jogueeeeeei! Joguei, gente! Joguei TUDO para o alto. Catei todos os sofrimentos e cacos da minha alma, desapeguei de tudo que apenas me prendia e não me acrescentava, disse adeus à minha zona de conforto, arrumei minha mala preenchendo todos os bolsos de coragem, me fingi de surda para o diabinho do medo que soprava no meu ouvido e fui.

Fui ser feliz. Estou sendo feliz. Tanta coisa a fazer, tanta coisa a dizer! Novo país, novo amor, novo trabalho, novos desejos, novos projetos. Vida nova. Vida nova aos 50. Cinquenta primaveras, verões, outonos e invernos vividos, muito bem vividos e mais cinquenta pra se viver, se Deus quiser.

SURGIU A RAINHA

Cinquenta tons de experiência. Essa experiência que me faz olhar pra trás sorrindo e olhar pra frente confiante. Essa experiência que tem um gosto de missão cumprida misturada com um gosto de quero mais. Porque eu quero muito mais. Quero compartilhar tudo que aprendi.

Quero encher de coragem quem está com medo. Quero inspirar e ser inspirada. Quero contar e ouvir história boa. Quero trocar ideia, energia, sabedoria. E quero convidar você a entrar nessa comigo.

E aí? Você topa?

Obs.; Todas as fotos do blog são do meu acervo pessoal, minhas experiências, minha vida.

Um grande beijo,

Grace Furtado.